Tenho acompanhado desde o final de semana as notícias sobre a Gabriela Anelli, torcedora palmeirense que foi morta após ser atingida por uma garrafa quando do jogo entre Palmeiras e Flamengo no Allianz Park no domingo.
Eu acompanho futebol desde a copa de 1978. Era torcedor de ter camisa da seleção e do Corinthians. Tinha time de futebol de botão e bola do Corinthians. Eu queria ter tido uma chuteira igual a do Rivelino.
Não podia jogar futebol na rua por que meu pai era promotor de justiça em cidade pequena mas na escola jogava todo dia. Morava em casa e jogava no quintal o tempo todo. Eu dormia com minha bola de capotão.
Eu vi a seleção de 82 perder a copa e chorei muito. Mas também em 82 eu vi o Corinthians ganhar o Paulista e aprendi a amar, admirar e respeitar Sócrates, Casagrande e Wladimir.
Mas também vi a violência nos estádios aumentar. Eu nunca passei por essa experiência, nem passei por perto, mas vi pela TV e, depois, Internet.
Acompanhei a Tragédia de Hillsborough, na Europa em 1989 com dezenas de mortos e assisti o jogo dos juniores de São Paulo e Palmeiras em 1995 com 1 morto e centenas de feridos.
Hoje eu poderia assistir todos os jogos que eu quisesse mas não assisto nenhum. Por que o futebol está morrendo para mim,
É mais negócio do que esporte, é mais vaidade do que companheirismo, é mais empáfia que sonho.
E é mais atividade de risco que lazer.
Que a família de Gabriela Anelli consiga encontrar paz para confortar seus corações.
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